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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Tema: Oque a Bíblia diz ACERCA DA ORAÇÃO E DO JEJUM.



Como diria certo pregador cristão, a oração é a chave que abre a porta do céu. Mais que uma prece “mecânica” ou repetida, orar é falar com Deus, estabelecendo um elo com Ele. É também a maneira mais singela de manter aquecida a nossa relação com o Criador. Quando oramos, expressamos ao Senhor toda a nossa admiração e gratidão, fazemos petições e nos colocamos à sua inteira disposição. Devemos nos dirigir a Ele com um coração arrependido, quebrantado e cheio de fé e amor, disposto a servi-lo e adorá-lo sem reservas.

                                                                        
Acerca da oração

Conceito [Do lat. orationem]. Súplica ou prece dirigida pelo homem ao seu criador. É por meio da oração que o homem se aproxima de Deus e através deste elo recebe muitas bênçãos da parte do Senhor. Podemos falar com Deus a qualquer hora e em qualquer lugar.
Propósitos. Baseado nos ensinos da Palavra de Deus, podemos classificar os quatro propósitos primários da oração (Mt 6.5-15):
1 - Adoração. Devemos reconhecer a soberania, o poder e o domínio do Senhor Jeová; reconhecer que somos dependentes dos seus cuidados e provisão; buscarmos íntima relação e comunhão com Ele (Mt 6.9,10,13c; Lc 1.46,47).
2 - Gratidão. Devemos agradecer ao Senhor pelas inúmeras bênçãos alcançadas, pelo perdão dos pecados, pelos livramentos e pelo cumprimento das promessas. Devemos agradecer ao Senhor pelo seu amor, graça e misericórdia (I Ts 5.18 cf. Cl 3.15; Sl 103.1-6).
3 - Petição. Somente ao Senhor devemos rogar, pedir ou implorar. Somente Ele nos dá proteção, provisão, sustento, cura, sabedoria e opera milagres em nossas vidas. Devemos pedir ao Senhor aquilo que está de acordo com a sua vontade e certamente seremos honrados (I Jo 5.14,15 cf. I Pe 3.12).
4 - Disposição. Por último, devemos demonstrar a nossa alegria em servir ao Senhor, colocando-se à inteira disposição para fazer aquilo que lhe apraz. É também sujeitar-se à sua vontade e querer, seguindo suas orientações e mandamentos (Sl 100.2; Is 6.8; Rm 12.11).

Como devemos orar: Devemos nos dirigir ao Senhor com toda reverência, respeito e carinho, com o coração ao mesmo tempo em que feliz, arrependido, quebrantado e contrito, disposto a amá-lo, honrá-lo e adorá-lo sem limites (Sl 51.17; Cl 3.12). A Bíblia também nos ensina que ao orarmos não devemos usar de vãs repetições e neste caso, podemos inserir também o cuidado com termos vulgares, palavras torpes ou gírias (Mt 6.7 cf. Cl 3.8; Ef 5.4).
Tipos de oração. Por se tratar de algo singular, a oração nos conduz a presença de Deus, estabelecendo um elo entre o criador e a criatura. Na Bíblia, encontramos vários exemplos de oração, que nos servem de modelos a serem seguidos:
1 - Ações de graças. Este modelo nos ensina a orar ao Senhor com profunda gratidão em nossos corações, afim de, agradecer-lhe pelas inúmeras bênçãos, maravilhas e milagres (Ef 5.20; Cl 3.15; I Ts 5.18 cf. Sl 56.12).
2 - Clamor. Podemos orar em alta voz; com intensidade, buscando ao Senhor em meios às lutas, aflições, como também diante das promessas feitas pelo Senhor nosso Deus (Lc 18.7; II Sm 22.7 cf. Sl 17.1; Jn 2.2; Jr 33.3).
3 - Petição. Aqui aprendemos, que apenas ao Senhor devemos dirigir nossas petições, confiando aos seus cuidados as nossas necessidades (Fl 4.6 cf. Sl 20.5).
4 - Intercessão e súplica. Através deste modelo aprendemos que devemos orar uns pelos outros, compartindo uns com os outros as necessidades e dores, buscando o favor do Senhor. O Senhor Jesus nos deixou um grande exemplo de intercessão (Jo 17.9-21; I Tm 2.1; Ef 6.18 cf. Ml 1.9).
5 - Oração da fé. Este modelo nos ensina sobre a importância da fé em momentos de dificuldades e/ou enfermidades, casos extremos, onde a solução é orar ao Senhor confiando plenamente em seu poder (Tg 5.15-18; Hb 11.6 cf. Mc 11.22-24).
6 - Adoração e louvor. Como feituras das mãos de Deus, devemos adorá-lo com o melhor do nosso viver, oferecendo ao Senhor sacrifícios de louvor por seu poder, majestade e domínio (Jo 4.23,24; Cl 3.16; Ef 5.19; Hb 13.15).
7 - Arrependimento. Aprendemos, que pela oração, confessamos a Deus nossos pecados e fraquezas, pedindo o seu perdão e restauração. (Sl 32.5; 51.1-4; I Jo 1.9).
8 - Orando em espírito. Aprendemos que é possível orar em espírito, ou seja, mentalmente, orando de acordo com o nosso entendimento. Também podemos orar em línguas e receber edificação espiritual (Jd 1.20 cf. I Cor 14.4,14,15).
Recursos que fortalecem a oração. Temos a disposição recursos extraordinários que auxiliam a oração, trazendo-nos resposta e resultado eficaz:
1 - Orar com fé. A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem (Hb 11.1). O efeito, resposta ou resultado da oração, está essencialmente ligado à fé do crente (Mt 21.22; Mc 11.22-24). A Bíblia nos mostra que através da fé, muitos homens e mulheres de Deus alcançaram milagres, bênçãos e vitórias experimentando em sua jornada, o sobrenatural de Deus (Hb 11.1-40).
2 - Orar professando a Palavra. Tomando a Palavra de Deus como base da oração, isto é, apresentando as promessas, o poder e a vontade soberana do Senhor como âncoras à nossa fé (Jo 15.7 cf. I Rs 18.36; Sl 119.168-171).
3 - A ajuda do Espírito Santo. Quando chegamos ao limite da mente e das nossas condições, e não sabemos o que havemos de pedir como convém, temos o auxílio do Espírito Santo que nos ajuda nas nossas fraquezas, pedindo e intercedendo ao Senhor aquilo que esteja de acordo com a sua vontade (Rm 8.26,27).
4 - Fator determinante. Uma característica fundamental e indispensável na oração é fazê-la em nome do Senhor Jesus (Ef 5.20 cf. Jo 14.13,14; 15.7,16; 16.23). Significa orar pelas coisas que estejam de acordo com a vontade do Senhor e glorifiquem o seu nome (I Jo 3.22; 5.14,15).
Impedimentos à oração. Existem muitos fatores negativos capazes de impedir que as nossas orações sejam atendidas:
1 - Falta de comunhão e perdão. Precisamos aprender a perdoar para que as nossas orações não sejam impedidas (Mc 11.25,26 cf. Mt 6.12). Viver em contendas, motivado pela inveja ou vanglória (I Cor 11.16-18 cf. Fl 2.3; Hb 12.14,15).
2 - Dúvidas ou incredulidade. A dúvida é gerada e alimentada pela falta de conhecimento da Palavra e do poder do Senhor nosso Deus. A incredulidade é um obstáculo que impossibilita a atuação divina (Tg 1.5-7 cf. Hb 11.6).
3 - Motivações egoístas. Pedir ao Senhor aquilo que não necessitamos ou coisas que atendam desejos pretensiosos (Tg 4.3). Deus não tem compromisso com o nosso “capricho”, e sim, com as nossas necessidades (Fl 4.19 cf. Sl 127.2).
4 - Relacionamentos abalados. Como anda o nosso relacionamento familiar diante de Deus? Diante dos conflitos diários, é necessário rever os nossos relacionamentos, isto é, entre esposo e esposa, pais e filhos, irmãos, para que as nossas orações não sejam impedidas. (I Pe 3.7 cf. Mt 5.23,24).
5 - Pecados encobertos. Viver em desobediência ou rebeldia à Palavra de Deus impede as nossas orações. O pecado torna-se um grande embaraço entre Deus e o homem (Is 59.1,2). Devemos confessar ao Senhor as nossas falhas (I Jo 1.9 cf. Pv 28.13).

ACERCA DO JEJUM

Conceito Bíblico Teológico. [Do lat. ieiunum]. Abstinência espontânea de alimento durante um período estabelecido ou específico, com o propósito de buscar ao Senhor, suas bênçãos e favor, aperfeiçoar o exercício da oração e fortalecer a vida espiritual (Mt 6.16-18).
Abstinência Natural. Nas Escrituras Sagradas, um exemplo prático da abstinência natural de alimentos, se deu no jejum de quarenta dias do Senhor Jesus, quando lemos que ele “nada comeu” e que ao fim daquele período “teve fome”. Tais ênfases nos apresenta a lógica distinção entre a fome e a sede, abrindo uma exceção para a água, já que fisicamente falando, o corpo não suporta a falta de hidratação (Lc 4.1-4).
Abstinência plena. Contudo, encontramos também vários outros exemplos bíblicos do que podemos chamar de "jejum pleno”, que evidencia a abstenção tanto de alimento como de água. Temos o exemplo da Rainha Ester e Mardoqueu (Est 4.16) e o exemplo do apóstolo Paulo que também jejuou por três dias após seu encontro com Cristo (At 9.9-11).
A Bíblia nos revela um jejum de quarenta dias feito por Moisés (Êx 34.28; Dt 9.9,18). Porém, levando em consideração a impossibilidade física, o corpo humano não pode ficar muito tempo sem água, e por se tratar de um caso específico, só há uma maneira de compreender: Envolvido pela glória divina foi sustentado de forma sobrenatural (Êx 34.29-35).
Abstinência parcial. Encontramos descrito na Palavra de Deus, um exemplo do que podemos considerar um jejum parcial, isto é, a abstenção de apenas determinados tipos de alimentos. O profeta Daniel, em certa ocasião se absteve por três semanas inteiras de alimentos específicos com o propósito de compreender uma revelação divina que lhe foi dada por visão (Dn 10.2,3).
Conceito distorcido. No sentido bíblico, o jejum não pode ser visto como penitência ou castigo, mas como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1; I Pe 2.5 cf. Sl 51.17).
Ligados em essência. Por se tratar de abstenção de alimento com fins espirituais; o jejum está essencialmente ligado à oração. É inconcebível, inadmissível, a prática do jejum sem oração (Lc 2.36,37; At 9.9-11 cf. Ne 1.4).
Quanto ao exercício. É necessário esclarecer algumas questões que envolvem o jejum, sobretudo em relação à sua prática e objetivo. Podemos relacionar algumas características importantes, que promovem a eficácia do jejum, que ligado à oração pode muito em seus efeitos, são elas:
1 - Disposição. Não devemos jejuar nos sentindo obrigados ou constrangidos. Jejum não é necessidade alheia ou coletiva, e sim, uma necessidade pessoal. Por isso, precisamos estar dispostos, munidos de um coração humilde, voluntário e sincero (Mt 6.16-18 cf. Sl 51.12; 101.2).
2 - Renúncia. Ao jejuar, precisamos abrir mão de forma responsável de atividades pessoais (afazeres que não sejam prioridades), descanso e laser, afim de, obter tempo disponível e suficiente para realizar o jejum (I Cor 7.5 cf. Mt 6.33; 16.24).
3 - Disciplina. Diante das ocupações e afazeres diários, é necessário ter disciplina para jejuar de maneira responsável e satisfatória, administrando o tempo disponível. A disciplina vai desde a higiene pessoal até o lugar ideal para a realização (Mt 6.16-18 cf. Ec 3.1).
4 - Propósito. Trata-se do objetivo; a causa pela qual estamos orando e jejuando. Assim como não tem nenhum sentido o jejum sem oração, assim também, o jejum não tem sentido sem um objetivo determinado e específico (Mt 9.14,15). O propósito deve conter em sua essência justas e piedosas intenções. (Mt 17.21; At 13.2,3 cf. Ne 1.4; Est 4.16).

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