Você já deve ter ouvido
falar que os cristãos que oram e leem a Bíblia diariamente são os que mais
demonstram maturidade cristã e crescimento espiritual, e também que os crentes
que oram mais e são mais assíduos à igreja e são os mais envolvidos em
atividades cristãs durante a semana. Pois bem, essas verdades bíblicas e da
experiência particular dos cristãos em suas congregações podem ser aferidas e
atestadas por um meticuloso estudo realizado neste ano com milhares de
evangélicos nos Estados Unidos - o maior país evangélico do mundo (o segundo,
estima-se, é a China, com milhões em suas igrejas clandestinas e subterrâneas,
e o terceiro é o Brasil).
Essa ampla pesquisa foi
realizada pelo LifeWay Research com o objetivo de investigar em que pé anda o
discipulado - o fazer discípulos - no meio evangélico norte-americano e o nível
de maturidade espiritual dos cristãos nos EUA. Porém, apesar de ser um retrato
apenas dos evangélicos daquele país, algumas conclusões a que chegaram os
pesquisadores são aplicáveis ao contexto evangélico no Brasil e em qualquer
outro lugar, pois o levantamento destaca a importância do crente ler a Bíblia,
orar e frequentar os cultos em sua igreja como fatores determinantes da saúde
espiritual, o que, aliás, corrobora com aquilo que afirma a Bíblia Sagrada
sobre a qualidade da vida espiritual do cristão.
Claro que, à luz da
Bíblia, a saúde da vida espiritual do crente depende também de outros fatores,
mas é inegável que aqueles apresentados no referido estudo são imprescindíveis
para a vida do cristão.
Quem costuma ler a Bíblia
tende mais a obedecê-la
Dentro desse amplo estudo
da entidade norte-americana, um dos resultados que chamaram mais atenção foi o
divulgado em 6 de setembro e relativa à importância de se ler a Bíblia. Ao
todo, foram entrevistados mais de 2,9 mil evangélicos de todos os EUA.
Em primeiro lugar, o
levantamento demonstra que, infelizmente, apenas 19% dos evangélicos daquele
país lêem a Bíblia diariamente. E em segundo lugar, ele também revelou que os
níveis mais elevados de engajamento na leitura da Bíblia estão relacionados à
maturidade e ao crescimento da vida do cristão.
Pelo menos seis ações
foram identificadas pelos pesquisadores como comuns na vida dos entrevistados
que liam a Bíblia diariamente. Segundo o censo, quem lê constantemente a Bíblia
costuma confessar todos os dias os seus pecados a Deus pedindo o Seu perdão;
também crê firmemente em Jesus Cristo o único e suficiente caminho para o Céu;
é mais decidido a obedecer e seguir a Deus, bem como é mais consciente da
importância das suas escolhas diante de Deus; ora pelo estado espiritual de
outras pessoas que conhece e não são cristãos professos; lê livros relacionados
ao avanço do seu crescimento espiritual (61% dos que lêem a Bíblia diariamente
afirmam isso); e se deixam ser mentorizados por cristãos mais maduros
espiritualmente (47%).
Ao todo, 19% responderam
ler a Bíblia "todos os dias"; 26% dizem que fazem isso "algumas
vezes por semana"; 14% dizem que lêem a Bìblia "uma vez por
semana"; 22% dizem que "uma vez por mês" ou "algumas vezes
por mês"; e 18% dizem que "raramente" ou "nunca". Além
disso, 90% dos que costumam ler a Bíblia diariamente afirmam procurar
constantemente "agradar e honrar a Jesus em tudo o que fazem", e 59%
declaram que, durante o dia, pensam em algum momento sobre as verdades bíblicas
além do momento em que estão lendo a Bíblia.
Segundo a entidade
norte-americana que fez o estudo, a pesquisa mostra que a maturidade do cristão
e o nível de obediência aos mandamentos bíblicos "estão relacionados ao
envolvimento com a leitura da Bíblia". Ou seja, quem costuma ler a Bíblia
tende mais a obedecê-la e a ter uma vida cristã mais amadurecida desenvolvida.
O estudo acrescentou ainda que os dados mostram que "a leitura da Bíblia
causa impacto em praticamente todas as áreas de crescimento espiritual. Você
pode seguir a Cristo e ver o cristianismo como fonte da verdade, mas se essa
verdade não permeia seus pensamentos, aspirações e ações, você não está
totalmente envolvido com a verdade. A Palavra de Deus é a verdade, por isso ler
e estudar a Bíblia ainda são as atividades que têm o maior impacto sobre a
maturidade espiritual. Você simplesmente não vai crescer na fé se não conhecer
a Deus e passar tempo com a Sua Palavra".
Diante desses dados,
preocupa ainda mais o resultado de uma pesquisa realizada há cerca de dois anos
no Brasil pela Abba Press e a Sociedade Bíblica Ibero-Americana, que
entrevistaram com 1.255 pastores de várias denominações evangélicos do Brasil.
O levantamento demonstrou que 50,68% dos pastores e líderes evangélicos em
nosso país nunca leram a Bíblia Sagrada por inteiro pelo menos uma vez, e que a
principal desculpa alegada é, por incrível que pareça, "falta de
tempo".
Urge perguntar: Se pelo
menos metade daqueles cuja principal atividade na vida é pregar e ensinar a
Palavra de Deus não costuma ler a Bíblia Sagrada, o que dizer de suas ovelhas?
Se aqueles que são responsáveis por orientar biblicamente milhões de crentes no
país não se interessam pela Bíblia, o que dizer de suas ovelhas? Se a própria
Bíblia destaca a importância da leitura devocional das Sagradas Escrituras para
o cristão, e estudos e a experiência pessoal de cada crente também têm provado
a importância disso, o que pensar, então, de líderes que simplesmente não lêem
a Bíblia? Será que isso não tem muito a nos dizer sobre a saúde espiritual da
igreja evangélica brasileira? Será que essa é a razão de tantos erros
doutrinários se propagarem com facilidade em nossos dias, já que essa pesquisa
mostra que quem lê a Bíblia com frequência se sente impelido a estudar e
entender mais as suas verdades?
A Bìblia não deve ser
lida apenas pela obrigação de se preparar um sermão.
Como disse o salmista:
"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se
detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes
tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois
será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no
seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará" (Sl
1.1-3). Ou como disse Deus a Josué: "Não se aparte da tua boca o livro
desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer
conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu
caminho, e serás bem sucedido" (Js 1.8).
Importância da oração
Uma pesquisa de 2009
conduzida pelo Pew Research Center's Fórum on Religion & Public Faith nos
EUA mostrou que 79% dos evangélicos oram pelo menos uma vez ao dia. No Brasil,
desconhecemos alguma pesquisa desse tipo já realizada em âmbito nacional, mas
acreditamos que, uma vez feita, o resultado não seria diferente. Entretanto, o
ruim dessas pesquisas é que elas nunca perguntam quanto tempo cada cristão
gasta em média, por dia ou semanalmente, em oração. Com certeza, essa
informação seria muito mais importante e útil para se avaliar a qualidade da
vida espiritual dos evangélicos em nossos dias.
Apesar de não termos
esses dados precisos, uma vez que sabemos que apenas 19% dos evangélicos
costumam ler a Bíblia diariamente, não é difícil de imaginar que provavelmente
a mesma porcentagem de crentes realmente desenvolvam uma vida de oração, o que
nos leva a pensar: O que seria dos evangélicos se realmente vivessem, em sua
esmagadora maioria, uma vida de oração?
Um dado concreto
relacionado à oração nessa pesquisa de 2012 ao qual nos referimos nos dá um
vislumbre disso. Trata-se do levantamento relativo à prática da evangelização
na vida do cristão, que estaria associada diretamente à prática da oração.
Evangelizar: prática de
quem ora e vai à igreja
Infelizmente, é grande o
número de crentes que não compartilham o amor de Cristo com os não-cristãos, de
acordo com uma das pesquisas desse amplo estudo realizado em igrejas dos
Estados Unidos. A referida pesquisa nos EUA descobriu que 61% dos evangélicos
norte-americanos afirmam que, nos últimos seis meses, não levaram a mensagem do
Evangelho a uma outra pessoa. E ela revelou ainda que nada menos que 80%
daqueles que frequentam a igreja todas as semanas ou pelo menos uma vez ao mês
sentem a responsabilidade pessoal de compartilhar a sua fé em Cristo com alguém
e procuram sempre evangelizar colegas não-crentes.
O estudo listou oito
atributos bíblicos evidentes na vida do cristão e os comparou com o resultado
das pesquisas. Desses oito, "Partilhar Cristo" foi o que teve a menor
pontuação entre os evangélicos nos EUA. A pesquisa mostra que apenas 25% dos
fiéis dizem que se sentem confortáveis em sua capacidade para comunicar
eficazmente o Evangelho, enquanto 12% declaram que não se sentem confortáveis
contando aos outros sobre sua fé.
Apesar de uma grande
maoria acreditar que é seu dever partilhar a sua fé e ter confiança para fazer
isso, 25% dos entrevistados dizem ter partilhado a sua fé apenas uma vez ou
duas vezes, e 14% têm compartilhado três ou mais vezes nos últimos seis meses.
A pesquisa também
perguntou quantas vezes cada indivíduo "convidou uma pessoa sem igreja
para assistir a um culto ou algum outro programa em sua igreja". Quase
metade (48%) dos entrevistados respondeu: "Nenhuma". Ao todo, 33% das
pessoas disseram ter convidado pessoalmente alguém uma ou duas vezes, e 19%
disseram ter feito isso em três ou mais vezes nos últimos seis meses.
Outro lado interessante
também chama a atenção. "Muitas vezes temos percebido que cristãos novos
são mais ativos em compartilhar sua fé", afirma estudo. "Na
realidade, as pessoas que têm mais tempo de fé não têm se mostrado mais
dedicado a compartilhar o amor de Cristo, enquanto os novos cristãos são mais
naturais para partilhar a sua nova experiência", conclui.
Ainda de acordo com
Stetzer, "orar com mais frequência por pessoas que não são cristãs
professas tem se mostrado o melhor indicador de mais maturidade espiritual no
compartilhamento de Cristo às pessoas". Ou seja, segundo a pesquisa, além
de a frequência à igreja demonstrar mais envolvimento com evangelismo, cristãos
que costumam sempre orar pela conversão dos perdidos são mais propensos a
evangelizarem.
No estudo, 21% dos fieis
dizem que fora da igreja fazem orações diárias por pessoas que conhecem e que
não são cristãs professas, e 26% dizem que oram algumas vezes por semana nesse
sentido. Um quinto (20%) dizem que raramente ou nunca oram para que amigos e
familiares não cristãos aceitem Cristo como Salvador.
"Orar pelos outros é
uma ótima maneira de começar. Reconhecemos a importância da oração em pessoas
que chegam à fé em Cristo, mas agora também descobrimos que ela tem um impacto
sobre o orante", disse Stetzer.
Como recomendam as
Escrituras, "Orai sem cessar" (1 Ts 5.17). E lembremo-nos da promessa
divina: "E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar,
e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei
dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra" (2Cr 7.14).
Eu quero com isto através
do espirito Santo despertar você para colocar em pratica a leitura da palavra
de Deus e a oração você vai se sentir melhor para todas as realizações da sua
vida espiritual. Fique todos na paz do Senhor
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