Marcos 14.3-10
Dali a dois dias era a
Páscoa e a Festa dos Pães Asmos; e os principais sacerdotes e os escribas
procuravam como o prenderiam, à traição, e o matariam.
Pois diziam: Não durante
a festa, para que não haja tumulto entre o povo.
Estando ele em Betânia,
reclinado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher trazendo um vaso
de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e, quebrando o alabastro,
derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus.
Indignaram-se alguns
entre si e diziam: Para que este desperdício de bálsamo?
Porque este perfume
poderia ser vendido por mais de trezentos denários e dar-se aos pobres. E
murmuravam contra ela.
Mas Jesus disse:
Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo.
Porque os pobres, sempre
os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem
sempre me tendes.
Ela fez o que pôde:
antecipou-se a ungir-me para a sepultura.
Em verdade vos digo: onde
for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez,
para memória sua.
Esse é um momento muito
difícil para Jesus. Ele esta sendo duramente hostilizado pela cúpula religiosa
da sua nação – Sacerdotes e Escribas, gente que trama em segredo a prisão e a
morte de Jesus. E ele sabe disso.
Então, surge esse jantar
na mesa de Simão, o leproso (na verdade, ex-leproso, porque um leproso mesmo
não teria essa condição de viver em sociedade).
O evangelista João nos
informa que Lázaro, Marta e Maria estavam presentes. Eles eram grandes amigos
de Jesus e estar com eles, era um refrigério para o Mestre. Tudo parecia
encaminhar-se para um final de ceia como muitos Jesus havia participado. Mas
alguém naquela tarde notou algo diferente em Jesus. Marcos diz que Jesus estava
‘reclinado’ à mesa – isso quer dizer que Jesus estava descansando mesmo, talvez
tivesse tido um exaustivo dia, havia tomado a refeição e estava quase deitado
como era o costume.
Mas naquele dia, algo está
para acontecer que entrará para a história da raça humana.
Pelo que os seres humanos
são lembrados?
Alguns são lembrados por
uma cruel atrocidade, outros pela mais desprezível traição, outros ainda por
atos de coragem heróica, por uma resistência incansável, outros por sua arte de
pintar, esculpir, escrever, representar, compor, cantar.
Mas em nenhum momento da
história um ato tão simples alcançou tamanha magnitude. Talvez em nenhum
momento da história da raça humana, uma criatura tenha chegado tão perto da sua
verdadeira humanidade, e ao mesmo tempo tão perto da gloriosa divindade de
Cristo.
Ali está o Filho
Unigênito de Deus, reunindo forças, preparando-se para o mais difícil momento
da sua vida, num tipo de despedida dos bons tempos com os seus amigos.
Subitamente, surge aquela mulher... Maria.
Ela entra em cena, não
com um instrumento de cordas, ou com adufes e dança não entra com um pedido de
socorro, não entra com uma doença incurável para ser tratada.
Silente, resoluta,
humildemente se aproxima do Mestre, e numa demonstração de amor sem
precedentes, ela quebra o seu vaso de alabastro e deixa derramar sobre a cabeça
de Jesus, o nardo, precioso perfume de nardo, puro. Não se preocupando quanto
custava aquele perfume e o que iriam falarem da sua atitude, mais ela so queria
demostrar o amor dela para com Jesus e aqui que eu convido você meu amigo
leitor para juntos aprendemos um pouco com esta atitude de uma simples mulher
que deixou um grande exemplo para-nos do século 21.
Quero convidar você hoje
a aprender com Maria, a essência da Adoração.
I. Adorar é Fazer uma
Apresentação Aceitável Perante o Auditório Divino.
"Com que me apresentarei ao SENHOR e me
inclinarei ante o Deus excelso?" Mq 6.6
Cada um de nós se
apresenta perante 3 auditórios. O primeiro somos nós mesmos, o segundo é o
auditório da nossa família, e o terceiro auditório é Deus. Adorar é apresentar
uma resposta ao amor de Deus. E essa é uma resposta que envolve a criatura
humana em todas as suas faculdades – intelecto, emoções, corpo físico. Adorar é
buscar a Deus.
Pelo que as pessoas geralmente procuram a
Deus?
a) Eles procuram a Deus
nas tragédias humanas. Quando uma forte chuva inunda cidades, um terremoto de
grandes proporções destrói casas e prédios, um vulcão explode e sua lava
submerge vilarejos, os seres humanos se lembram de Deus.
b) Eles procuram a Deus
quando são vítimas da injustiça. Quando a guerra explode entre os povos,
centenas e milhares são perseguidos, expulsos de suas terras, pais perdem seus
filhos, e filhos os seus pais, quando a tortura e a impiedade avançam sem que
ninguém se importe, a voz da raça humana se ergue para o céu.
c) Eles procuram a Deus
quando precisam de milagres. Quando há apenas uma única chance para a vida, e
essa chance depende de um milagre, então lá está o homem à procura de Deus. É
por isso que você sempre encontra um homem, do tipo que está sempre ocupado
demais com seu trabalho, seu lazer, seus negócios, em algum altar, de alguma
capela de hospital, clamando a um Deus desconhecido, um Deus desprezado nos
bons momentos, pedindo pela vida de um filho, da esposa, de um pai, de uma mãe.
Mas não é isso que acontece em Betânia.
Não há ali catástrofes da
natureza, ou perseguição pela guerra ou mesmo um pedido de milagre.
Maria está sendo levada
ali por um amor avassalador. É um amor que toma a alma humana e literalmente a
derrete.
Na verdade a alma daquela
mulher não pode mais reter a força daquela admiração, não pode suportar a
torrente daquela paixão, não pode mais resistir um momento sequer ao vagalhão
daquele amor que consome a sua alma. Ela precisa ir até Jesus e extravasar
isso.
Você pode perguntar – mas
como isso acontece?
Isso acontece quando o
mais poderoso de todos os encontros se dá – o encontro entre a criatura perdida
e o Criador amoroso.
É como se o sedento fosse
literalmente encharcado por correntes de um rio de água viva;
É como se ao faminto, que
há dias não come, fosse servido o Pão da vida;
É como o viajante, que
perdido no meio da escuridão, encontra a Luz do Mundo;
Ou seja Quando o nosso
coração já não suporta mais o peso do seu pecado e é aliviado da opressão da
sua iniquidade pelo poder purificador do sangue de Cristo; quando a alma humana
sente as torrentes do perdão divino arrebentando as fortalezas da condenação, o
resultado é AMOR, um amor Extravagante. Era isso que o rei Davi falava no salmo
51:
"Cria em mim, ó
Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me
repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a
alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário... Abre
Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores".
Salmo 51.10-12,15
Quando esse amor começa a
transbordar no interior do ser humano, ele precisa depressa expressar isso.
Então aquela mulher corre, ela tem que ir até Jesus – somente nEle a sua
ansiedade, sua mais alta aspiração poderá ser satisfeita.
Se alguém vai assistir o
culto, então se parece mais com um cliente que vai ao Shopping – nem sabe bem o
que quer.
Muitos cristãos se
comportam no Templo como clientes – eles olham a maneira como as pessoas se
vestem, ou o carro que elas utilizam, a maneira como falam, sempre criticam o
dirigente da musica, ou a mensagem do pastor. Clientes não têm o motivo certo
para adorar.
Alguns vêm apenas para
serem alimentados. Isso faz parte, mas é um efeito colateral – não é o
princípio da adoração. Para ser alimentado, é preciso ter fome, e alguns
cristãos vem ao Templo, mas não trazem a fome e a sede de justiça em suas
almas, não veem a hora que tudo termine.
Mas alguém sempre irá
para Adorar. Você percebe logo – está nos olhos da pessoa, está no sorriso do
seu rosto, ou nas lágrimas da sua angústia. O verdadeiro adorador veio
encontrar-se com Deus. Seu coração está cheio de gratidão e precisa extravasar
essa alegria.
Sua memória está cheia de
lembranças.
Lembra que estava
perdido, e foi achado.
Lembra que era inimigo e
foi adotado como filho.
Lembra que era
prisioneiro e foi libertado.
Lembra que era forasteiro
e foi hospedado.
Lembra que era cego e
agora enxerga.
Lembra que estava
mortalmente enfermo e foi curado.
Lembra do Cristo crucificado,
lembra do sangue derramado;
Lembra do corpo que é
partido, lembra do sacrifício envolvido.
Lembra do pecado
perdoado, lembra do passado esquecido.
E quando todas essas
memórias se juntam, explode o amor, amor extravagante.
Quais são as suas
memórias hoje? Você as trouxe? Porque sem elas sua adoração será rotina, sem
elas suas palavras serão apenas números de telefone.
Se você quiser saber o
que sentia aquela mulher legitimamente apaixonada, terá que refazer a sua
mente.
II. Adorar é Oferecer
Presentes Caros a Deus.
"Que darei ao SENHOR
por todos os seus benefícios para comigo?" Salmo 116.12.
Essa é uma questão
gravíssima quando se deseja agradar a Deus: o que fazer para que eu seja
aceitável diante dEle? Porque se você ama profundamente ao Senhor, vai querer
agradá-lo, portanto vai desejar presenteá-lo. Mas como presentear alguém que
tem tudo?
Deus mesmo disse:
“ninguém apareça de mãos vazias perante mim.” Ex 23.15
Adorar é oferecer
presentes caros a Deus porque adorar é expressar amor.
Certo homem voltava de
uma viagem de negócios e quis levar uma lembrancinha para a sua esposa que o
esperava em casa. Entrou numa perfumaria no Aeroporto e pediu uma colônia.
A atendente prontamente
lhe trouxe uma essência muito suave.
Quanto custa? Apenas 50
reais, senhor.
Moça, por acaso você
teria alguma coisa mais barata? Disse o homem...
Então ela lhe trouxe um
creme hidratante que custava 30 reais.
Está muito bom, mas eu
estava pensando em alguma coisa mais em conta!
A atendente voltou com um
xampu de cabelo que custava 15 reais. Mas ele pediu algo ainda mais em conta.
Daí ela trouxe um batom que custava pouco mais de 5 reais. O homem olhou o
batom e disse:
Olha o batom tudo bem,
mas será que você conseguiria alguma coisa bem barata mesmo?
A atendente parou um
pouco, olhou o cliente, então tirou debaixo do balcão um espelho e colocou na
mão dele.
Parece engraçado, mas é
assim que muitos filhos de Deus se apresentam diante dele – com presentes
baratos.
Eles oferecem a Deus
trazem à migalha da sua atenção, a migalha da sua dedicação, a migalha do seu
tempo, a migalha do seu dinheiro. E ainda querem que Deus lhes dê tudo do bom e
do melhor.
Alguns se sentem o máximo
porque deram 10% do seu ganho. Outros nem a isso chegam – aparecem com uma
ofertinha de fim de semana que nada representa no seu orçamento, fará tanta
falta quanto um hambúrguer com refrigerante no mês.
Jamais saberemos o que é
ADORAR verdadeiramente se não soubermos oferecer presentes caros a Deus.
Maria de Betânia planejou
aquele ato de adoração com muito, muito cuidado. O nosso texto diz:
“... veio uma mulher
trazendo um vaso de alabastro com preciosíssimo perfume de nardo puro; e,
quebrando o alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus.” vs 3.
O Alabastro era um pote
feito de uma pedra somente encontrada nas imediações de uma cidade Egípcia
chamada Alabastron. Era semelhante ao mármore, mas era mais maleável e
facilmente se modelava os potes de perfumes.
O nardo era um bálsamo
feito da raiz de uma planta da Índia (Nardostachys jatamansi) que crescia nas
montanhas do Himalaya. Os arábios a chamavam de “cravo indiano”. Não era apenas
a distância, mas a raridade da planta que tornava o nardo caríssimo e tão
procurado.
O alabastro e o nardo
oferecido por Maria a Jesus talvez tenha sido o presente mais caro que Jesus
recebeu em todo o seu ministério. Alguns eruditos, com base no cálculo de
Judas, que avaliou o presente em 300 denários, (1 denário = um dia de serviço
da época) chegam a calcular, a preço de hoje, entre 15 e 20 mil dólares, cerca
de 60 mil reais.
Você ofereceria a Deus,
numa única apresentação, um presente desses? Isso é amor extravagante. William
Barclay disse:
“O amor não calcula
meticulosamente menos ou mais. Não se preocupa em saber quão pouco pode ser
decentemente oferecido. Se deu tudo o que tinha, então deu o mundo inteiro, e
ainda seria pouco.” (William Barclay)
Mas agora, eu quero lhe
mostrar a maneira como esse presente foi oferecido. “... e, quebrando o
alabastro, derramou o bálsamo sobre a cabeça de Jesus.”
Se ela tivesse derramado
apenas umas gotas – eles diriam:
Oh, vejam quanto amor ela
tem pelo Mestre!
Se ela tivesse derramado
apenas a metade do Nardo e guardado a outra metade, talvez tivessem dito:
Oh, vejam que dedicação,
nunca vimos algo semelhante a isso!
Não, Maria quebrou o gargalo
do vaso e derramou completamente o balsamo sobre a cabeça de Jesus. Por isso
disseram:
Que desperdício!
Veja, não apenas o
presente foi caro, mas foi dado sem retorno. Jamais seria reutilizado o vaso de
alabastro e nem o seu perfume.
Quero parar aqui e levar
sua atenção para essa figura do Alabastro sendo quebrado para despejar o
perfume. Há uma analogia preciosa aqui. Crentes inquebráveis jamais poderão ser
utilizados para alegrar a Deus. A menos que você seja quebrantável, a menos que
você seja arrebentável, você jamais poderá oferecer o bálsamo do seu amor a
Deus.
Anos atrás, o ator
americano Bruce Willis interpretou um personagem que dava título ao filme –
Corpo Fechado. O titulo original é UMBREAKABLE – (inquebrável) e narra a
história de um homem que literalmente não quebra. Ele é o único sobrevivente de
um acidente. Em um momento do filme ele começa a perceber que ele jamais ficara
doente, jamais se machucara, jamais tivera qualquer necessidade de ir a um
hospital.
Mas o paradoxo do filme é
que, se fisicamente David (personagem de Willis) é inquebrável, o
relacionamento entre ele e sua esposa, ele e seu filho é totalmente fraturado.
Alguns cristãos são desse
tipo – corpo fechado – nunca desperdiçam suas emoções com nada. Nunca choram
com nada, nunca se alegram com nada, nunca vibram com nada, nunca se abalam com
nada. São vasos de alabastros que nunca foram quebrantados, logo nunca
ofereceram nada a ninguém. Adoradores inquebrantáveis oferecem adoração imprestável.
São do tipo “crentes-robocop”, as múmias dominicais saem do sarcófago para
virem ao templo e voltam pra lá depois do culto.
Quando foi a ultima vez
que você foi quebrantado pela Palavra de Deus?
Quando foi a ultima vez
que sua alma se derramou diante do Senhor, por um cântico, um testemunho que
despertou santas emoções em você?
Quando foi a ultima vez
que você demonstrou legitimamente o grau de consciência da sua dívida com Deus?
Quando foi a ultima vez
que você realmente se importou com o que o Senhor Jesus sente, e não com o que
você precisa?
Maria apresentou-se para
alegrar o coração de Jesus, não para arrancar algum benefício para sua própria
vida. Só que antes de quebrar o vaso de alabastro, ela precisou quebrar a si mesma,
oferecer a si mesma.
Uma missionária que
evangelizava crianças numa ilha do Sul do Pacífico, explicava que o costume de
dar presentes no natal era uma expressão de amor que lembrava o grande presente
de Deus ao ser humano: Jesus Cristo.
Dias depois, um menino
daquela ilha veio à casa da missionária com um cesto de palha, e disse:
Eu te amo e quero te dar
um presente! Então imediatamente tirou do cesto a mais linda concha que ela
jamais vira.
A missionária emocionada
agradeceu pois sabia que aquela concha somente era encontrada do outro lado da
ilha, quase meio dia de caminhada. Ela então disse:
Por que você teve que ir
tão longe para achar essa concha?
O garoto sorriu e disse:
A longa caminhada faz parte
do presente!
Fico pensando em quantas
vezes o lugar de adoração fica longe demais, distante demais quando estamos
cansados. Quantas vezes Deus tem nos chamado para buscá-lo em oração, mas essa
‘concha’ está longe demais para ser buscada.
Adorar é oferecer
presentes caros a Deus, e a distância, faz parte do presente. (cântico – CHORA
MARIA MADALENA)
III. Adorar é Oferecer
Tudo o Que se Tem.
Quero terminar essa
mensagem encorajando você a sentir o que Maria de Betânia sentiu naquela tarde.
Nenhum de nós pode oferecer Nardo em vaso de Alabastro hoje, até porque Cristo
não precisa mais desse tipo de presente. Maria foi desprezada por muitos que
ali estavam, inclusive os discípulos. Achavam que ela poderia ter ajudado
muitos pobres com a venda daquele perfume em vez de desperdiçá-lo na cabeça de
Jesus.
"Jesus disse: Deixem
esta mulher em paz! Por que é que vocês a estão aborrecendo? Ela fez para mim
uma coisa muito boa. Pois os pobres estarão sempre com vocês, e, em qualquer
ocasião que vocês quiserem, poderão ajudá-los. Mas eu não estarei sempre com
vocês. Ela fez tudo o que pôde, pois antes da minha morte veio perfumar o meu
corpo para o meu sepultamento. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: em
qualquer lugar do mundo onde o evangelho for anunciado, será contado o que ela
fez, e ela será lembrada." Mateus 14.6-9
Note essa frase: Ela fez
tudo o que pode e na hora certa. Algumas mulheres semanas depois levaram
perfumes para ungir Jesus, na sepultura, mas era tarde demais.
Robert Richardson, um
escritor do Seculo 19 disse que ha três coisas que jamais voltam, não importa o
quanto você ore ou lamente: a flecha que sai do arco, a palavra dita e a
oportunidade perdida.
Talvez Maria de Betânia
tenha pensado: qual a minha mais desejada posse neste mundo? Ah, meu vaso de
Alabastro! Isso é meu e é o meu grande tesouro. Eu vou dar ao Senhor.
Pode ter certeza – ela
não deve ter perguntado a ninguém, caso contrário não teria nem tirado de casa
– alguém diria – você é louca – jogar isso no chão...
E Jesus viu isso e
afirmou: - ela fez tudo o que pode.
Naquele mesmo instante a
alma de Jesus foi profundamente abençoada por aquela mulher. Aqui está a
essência da Adoração – bendizer, abençoar a Jesus, o Filho do Deus Altíssimo.
A prova de como ele se
sentiu com aquele presente ‘desperdiçado’, é o que Jesus promete àquela mulher:
“Eu afirmo a vocês que
isto é verdade: em qualquer lugar do mundo onde o evangelho for anunciado, será
contado o que ela fez, e ela será lembrada. Vs 9”
Jesus estava dizendo –
Maria, de hoje em diante, se alguém quiser saber a essência da adoração, terá
que vir a esta casa, terá que lembrar desse Alabastro, desse Nardo, e do seu
amor extravagante. Seu presente jamais
será esquecido. Esse fragrância do Nardo poderá desaparecer, mas o incenso da
sua oração, do seu amor jamais desaparecerá.
Adorar é isso é oferecer
tudo.
Você estaria disposto a
fazer tudo o que pode por Jesus?
Conta-se que na Índia, um
pobre homem mendigava à beira de uma estrada.
Costumeiramente as
pessoas passavam e jogavam em um saco de pano alguns grãos de arroz, e com isso
ele sobrevivia. De vez em quando alguém jogava algumas moedas.
Certo dia ele viu uma
multidão que se aproximava e no meio dela o Príncipe daquele povo. Então pensou
consigo mesmo: - Que sorte a minha, ele é um homem rico, com certeza me dará
uma boa soma em moedas...”
Ao chegar até o mendigo,
o Príncipe disse:
Darias tu a mim, teu
Príncipe, o teu saco de arroz?
Estupefato com aquele
pedido respondeu:
Majestade, mas é tudo que
me resta... Não posso fazer isso!
Mas eu quero teu saco de
arroz! Disse o Príncipe.
Não posso Alteza, assim
morrerei de fome!
Pela terceira vez o
Príncipe gentilmente pediu o saco de arroz daquele mendigo. Muito contrariado o
pobre homem meteu a mão do saco de arroz e tirou muito contrariado, 3 grãos de
arroz e os colocou na mão do Príncipe.
Então o Príncipe diante
de todos, tirou um saco cheio de moedas de ouro e tirou dali – 3 moedas de ouro
e as jogou no colo do mendigo.
Caindo em si, o mendigo
começou a exclamar:
Por quê? Por que não
joguei todo o meu arroz em suas mãos!
Mas era tarde demais.
Maria não perderia a
oportunidade – ela daria tudo o que tinha. Mas teria a sua recompensa. Daquele
dia em diante, por todo mundo ficaria registrado o seu presente, o dia em que
Jesus foi abençoado por uma simples mulher apaixonada.
"Que darei ao SENHOR
por todos os seus benefícios para comigo?" Salmo 116.12
Hoje quero desafiar você
para vir a Jesus hoje – não por você – mas para abençoá-lo, para alegrar o
coração de Jesus, para honrá-lo, homenageá-lo.
Hoje não pediremos nada a
Ele, a não ser que nos ajude que nos ensine a adorá-lo em Espírito e em
Verdade.
Vamos encher o altar do
Senhor de vasos de Alabastros a serem quebrados.
Vamos ungir os seus pés
como o Nardo da nossa obediência e submissão.
Vamos deixar no seu altar
muitas provas do nosso amor por Jesus.
Vamos vir a Ele pedindo
somente que suas poderosas mãos quebrantem a nossa vida, nosso orgulho, nossa
mesquinhez, nossa avareza, nosso egoísmo, porque é isso que impede o bálsamo de
nardo puro ser derramado diante de Jesus.
Corram rios de Nardo Puro
diante de Jesus hoje, que haja um altar erguido com os pedaços dos vasos de
alabastro de nossas vidas.
Pois o Cordeiro é Digno
pelo seu sacrifício por nós.
Que Ele nos abençoe,
amém.
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